terça-feira, 12 de março de 2013

Autobiografia de Irundy Dias(p 11)

No dia 8 de maio de 1945, acordei com o barulho dos sinos ecoando ao longe. Alí próximo de casa, um foguetório ensurdecedor. Minutos depois, fiquei sabendo através de vovô Manta, que a segunda guerra mundial estava quase terminada. Os alemães haviam assinado o tratado de rendição.
Nesse mesmo ano, a cegonha rondara mais uma vez a casa dos meus pais, em Iguaí. O caçula agora era o Almir e assim a prole aumentou de novo.
Em 14 de agosto desse mesmo ano, o Imperador Hiroito do Japão, assinou um decreto ordenando o cessar fogo e deposição de suas armas. Não sei se foi por vingança ao que acontecera em 1941, naquele ataque traiçoeiro a Pearl Harbor. O certo é que os americanos despejaram duas bombas atômicas, nas cidades japonesas de Nagasaki e Hiroshima, havendo uma mortandade incrível e tal foi a intensidade da destruição, que provocou a rendição imediata . Finalmente a segunda guerra mundial chegara ao fim.
Dali a dois anos, Mamãe encerraria o seu ciclo de partos com o nascimento de Acyr, que se tornara o caçula definitivo das família.
Durante o mês de maio de 1947, os jornais e noticias dadas pelo rádio, além da guerra, as principais, eram à respeito do eclipse total do sol, que seria visto em todo o Brasil, no dia 20 de maio. À medida que os dias se passavam, apareciam dados de como as pessoas se prepararem para observar o eclipse. De minha parte, instalei na parte acimentada do quintal da casa de tia Edite, um dispositivo contendo uma bacia grande de alumínio, que fora usada por minha avó Amália,há muitos anos atrás. Coloquei uma boa quantidade de água e tia Licinha arranjou-me um bom pedaço de vidro, que enfumei-o com papel de jornal, queimado. Eram mais ou menos uma nove horas da manhã do dia 20 de maio de 1947, quando a manhã ensolarada, começou a ficar amarelada e aos poucos foi ficando lusco fusco. Interessante de se notar, é que tia Edite comprara há alguns dias atrás, dois franguinhos e eles quando sentiram o dia ficar aos poucos mais escuro, começaram a se empoleirar em uns galhos de um pequeno arbusto existente no quintal. Observei atentamente, ao mesmo tempo, o dia escurecer. notando-se algumas estrelas no céu e olhando pelo vidro, vi  aquela bola (o sol, no caso)ficar  preta totalmente. Foi um espetáculo  inesquecível.A empregada ficou com medo e não quis apreciar aquele momento tão único em nossas vidas.
Abaixo, copiei um relato de como aconteceu aquele eclipse:


“Belo”, “magnífico” e “fantástico”. A despeito dos muitos adjetivos utilizados
nos relatos sobre eclipses totais do sol, as ações que visavam à organização de
expedições científicas para suas observações envolviam um complexo planejamento. O
eclipse total do sol é um fenômeno natural que despertava um grande interesse
científico. Instituições e pesquisadores de diferentes nacionalidades, junto aos seus
órgãos governamentais, trocavam informações com as administrações dos países nos
quais ia ser possível ver o eclipse total, com o objetivo de conseguir dados que
possibilitassem a constituição e envio de expedições para a realização de observações
do fenômeno.
Na manhã de 20 de maio de 1947 a sombra da lua, que encobria o sol, projetada
na Terra surgiu no Oceano Pacífico, com cerca de 200 quilômetros de diâmetro, rumou
para o leste, encontrou o continente sulamericano em Santiago, no Chile, avançou em
direção ao nordeste, passou pela Argentina, pelo Paraguai, entrou em terras brasileiras,
atravessando diversos estados, atingiu o Oceano Atlântico, deixando o território
brasileiro pelo Estado da Bahia, e chegou ao continente africano através da Libéria,
perdendo suas forças na costa Leste da África, quase no Oceano Índico.
O eclipse total do sol de 1947 despertou o interesse de institutos de pesquisa
internacionais devido a algumas particularidades que este evento possuiu, o que
ocasionou o envio de expedições das mais distintas nacionalidades ao Brasil. A faixa de
totalidade ia cruzar cidades brasileiras que ofereciam opções de acesso a bons pontos de
observação (os quais ainda passariam por estudos mais detalhados), e que tinham, ao
menos a maioria, postos meteorológicos que podiam fornecer os históricos climáticos
das regiões que eram cogitadas como possíveis locais para os cientistas ficarem
instalados. 
Aí por volta de  novembro de 1947, surgiu  a notícia de que seria construído o Estádio da Fonte Nova, num local próximo ao Dique do   Tororó.  Salvador estava mesmo precisando de um estádio de futebol, maior. O único existente fora construído há muitos anos atrás, no bairro da Graça e já não acomodava suficientemente os torcedores, principalmente com jogos amistosos, contra times do Rio de Janeiro ou  de São Paulo. Certa feita, fui assistir um jogo entre Fluminense do Rio de Janeiro e o Galícia da Capital, que fiquei muito mal acomodado, com tal quantidade de pessoas que foram ao Estádio da Graça.
Na área que resolveram fazer a construção do novo estádio, era um local que sempre nos servia para os babas  dos estudantes e dos moradores daquela região.
Não sei explicar ao certo se naquela tarde, tive muita sorte ou muito azar. O nosso joguinho de futebol  transcorria normalmente, quando repentinamente, ao dar um chute na bola com o meu pé esquerdo, senti o  mesmo pesado. Sentei-me ao chão e fui olhar o pé. O que nós vimos e todo  mundo ficou estarrecido é que um prego enorme que o pessoal chamava de “prego cabral”, com cerca de 10 a 15 centímetros, estava enfiado na sola do meu pé, debaixo da pele, paralelamente entre ela e os músculos. Os colegas do baba prontificaram-se a retirar o prego cautelosamente, de modo que não houve ferimento algum e arremessaram o mesmo para bem longe , para não acontecer de novo com outra pessoa. Levantei-me e o baba continuou.
Mas o prego viera dar uma espécie de aviso, porque depois de uma meia hora de baba, eis que ao chutar uma bola, errei e mandei o mesmo pé em cima de um monte de terra dura. Foi uma dor insuportável. Em poucos minutos, o pé ficou tão inchado, que não coube mais dentro do tênis. Fui para casa mancando e descalço. Ao chegar em casa, a empregada de tia Edite, colocou MASTRUÇO no local e enrolou o pé com um pano.
MASTRUÇO OU MASTRUZ: Erva fétida, cultivada pelas propriedades excitantes, peitorais e vermífugas. Mentruz.
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Dias depois, aconteceu a viagem mais demorada de minha vida. Saí de Salvador, num navio que iria até o terminal de São Roque. Era uma segunda feira e um dos colegas de viagem, disse que saltaria Santo Antônio de Jesus e que não gostava de viajar mesmo. Quando eu falei  que a minha levaria três dias maçantes, ele quase não acreditou. Assim que o navio aportou e passamos ao trem, sentimos que na primeira hora, este estava   apresentando algum defeito mecânico. Era uma viagem “amarrada”, vagarosa e justamente quando chegamos em Santo Antônio  de Jesus, local onde o colega saltou, o chefe do trem, avisou em todas as classes, que iríamos ficar ali parados pelo menos por umas duas horas. Pedimos então, para passear na Cidade e ele nos tranquilizou de imediato dizendo:
---“Assim  que o defeito seja sando, daremos um pito bem longo para que todos ouçam e saibam que iremos partir,”
O incidente aconteceu mais ou menos  às onze horas e aí fomos conhecer a Cidade. Perto do meio dia a fome começou a dar sinais, através de roncos do estomago. Eu acordara por volta das cinco horas e tomara um gole de café da garrafa térmica, com um pedaço de pão amanhecido.
No grupo que estava comigo passeando, havia um casal de jovens em lua de mel, tal o chamego de um  com o outro e mais dois rapazes mais ou menos da mesma idade minha.
Resolvemos então de comum  acordo, ir almoçar. Naquela época, ainda não havia o tal de “selv serfice”, ou comida a quilo. Fomos indagando aqui e ali, até  chegarmos a um local cujo almoço  foi razoável. Feijão e arroz, salada de tomate com alface, galinha ao molho pardo e carne seca com cebola. Também  ainda não existia o célebre  PF, mas que parecia, sim, parecia e muito. Depois de satisfeitos voltamos ao trem par tirarmos uma soneca. Já era mais de 16 horas, quando fomos despertos por um apito bem longo, tal qual o chefe dissera horas antes. A viagem seguiu em frente  até chagarmos em Jequié com o dia raiando. Gente,  chovia de fazer inveja aos habitantes do Saara. Naquela  manhã de terça feira, fui recebido na estação, por um moço moreno, aparentando seus trinta e poucos anos, que se apresentou com o apelido  de Zuca, pessoa que eu esperava encontrar, pois Papai havia antecipado o avido por carta. Possivelmente era algum conhecido de Papai, que de imediato me conduziu num táxi até a residência dele. A sua esposa, que acordara cedo e me mostrou o quarto para eu dormir devido ao cansaço da viagem.
Acordei depois das nove, onde já me esperava um lauto café. Não sei a profissão do Zuca,  nem também, onde trabalhava, mas o fato  é que por volta das dez horas ele apareceu dizendo:
“---Devido às fortes chuvas que estão caindo nessa região, será difícil, arranjarmos um caminhão hoje, para você prosseguir viagem. Ficarei atento e qualquer notícia, trarei na hora do almoço.”
E assim que ele chegou para o almoço, veio desanimado. Não aparecera nenhum transporte que seguisse para  o lado de Poções.
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No dia seguinte, quarta feira, Zuca conseguiu um caminhão, que partiria de Jequié após as 16 horas, mas não chegaria a Poções, no mesmo dia, porque a estrada  estava péssima, toda enlameada e esburacada. Iria pernoitar no caminho, em algum local razoável. Resolvi aproveitar a boa vontade dele e subi na carroceria do caminhão, sempre acompanhado de minha maleta. Após umas três horas de viagem, o caminhão atolou num buraco e não houve jeito de sair. Por sorte nossa , em sentido contrário, veio um caminhão que nos levou de volta a Jequié, lá chegando à meia noite. Andei um pouco e retornei à casa do Zuca. que me recebeu espantado. Fui dormir e na quinta feira, aí por volta das nove horas da manhã, um novo caminhão apareceu e mais uma vez, lá fui para cima da carroceria. A viagem seguiu vagarosíssima, pois as estradas estavam num estado  lamentável. Buracos em grande quantidade forçavam ao motorista se desviar para não cair neles e assim chegamos em Manoel Vitorino(antiga Cachoeira de Manoel Roque), próximo às cinco da tarde. O motorista estacionou à porta de uma pensão  e indagou se era possível hospedar todos aqueles passageiros. Instantes depois, ele avisou a todos:
“---A comida é boa, mas a pensão não dispõe de quartos suficientes. Quem quiser pegar outro caminhão para seguir adiante, não tem problema.”
Acredito  que naquela altura dos acontecimentos,  ninguém estaria com aquela coragem toda de seguir viagem à noite. O fato é que todos ficaram ali hospedados. Fiquei alojado em um dos quartos da frente da pensão, que possuía duas camas e sobre uma delas, avistei uma mala marrom. Aí prontamente ocupei a outra cama, fazendo o mesmo. Coloquei  a minha maleta sobre ela e fui a sala de jantar, que era uma sala vasta com uma série de mesas retangulares, ladeadas com vários bancos de madeiras de igual comprimento. Não havia cadeiras.
O jantar foi posto depois das vinte horas, porque a dona da pensão não estava esperando tanta gente de uma vez só. Notei que a sopa de feijão, com pedaços de macarrão, estava ótima, mas os demais pratos estavam encharcados de AÇAFRÃO e gordura. Por último foi servido café com  banana da terra, cozida. Quem estava vindo da residência do Sr. Zuca, onde a esposa dele PRIMOU com uma boa alimentação, para chegar naquele local e comer uma GOROROBA daquele tipo, só a pessoa com muita fome mesmo.

AÇAFRÃO: Erva da família das iridáceas, com flores geralmente amarelas, violetas ou brancas de cujo estigma se prepara o pó do mesmo nome, usado como corante tempero culinário e na medicina, como estimulante carminativo (contra gases intestinais) e antiespasmódico.

PRIMOU: do verbo primar. Chamar a atenção por sua qualidade. Destacar-se. Ser o primeiro. Ter primazia.

GOROROBA: Comida de má qualidade.  Bóia. Grude.
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Logo após o jantar, cada um dos passageiros foi se recolhendo e eu dirigi-me ao meu quarto, onde o companheiro que nunca cheguei a conhecer, já estava roncando.
Não sei precisar as horas, pois não tinha relógio, mas aconteceu o inesperado. Minha barriga começou a doer, prenunciando que alguma coisa de errado iria acontecer. A principio hesitei em levantar-me, mas as dores intestinais aumentavam intensamente. Sem fazer barulho e me guiando pelo local que havia posto a maleta, fui até lá e consegui abri-la, de onde retirei um bom pedaço de papel comum de embrulho (naquela época ainda não havia papel higiênico).Dirigi-me ainda vagarosamente, até chegar perto da porta do quarto, apenas por questão de poder localizá-la, para uma necessidade maior. Abaixei-me ali perto e descarreguei tudo o que era possível. Limpei-me e não dormi mais. A minha preocupação agora era de ver o dia clarear para me safar o mais rapidamente do quarto. A chuva miúda caía lá fora e o dia estava clareando aos poucos. Levantei-me, peguei a maleta e fui esgueirando-me em direção à porta. Consegui abri-la e ao passar para a sala, verifiquei que muitas pessoas dormiram por ali mesmo. Era uma situação vexatória. Galguei finalmente a sala grande, que  servia de refeitório  e atravessei-a,  dirigindo-me aos fundos, onde se achava uma pia com torneira. Primeiramente coloquei a maleta em baixo de um dos bancos, sentei-me e debrucei-me sobre a mesa, apenas para fingir que dormira naquele local. Aos poucos o pessoal foi despertando e se dirigindo ao lavatório, o que  fiz também. Quando a dona da pensão apareceu para arrumar as mesas e providenciar o café da manhã, meu anonimato ficou conservado. Não sei dizer se o meu companheiro de quarto era ou não, passageiro do caminhão. Também não ouvi comentários à respeito. Sei que depois do café e acertarmos as contas, rumamos  à Poções e chegamos perto das treze horas pelas conversas que ouvi entre os passageiros. O caminhão parou na Praça Deocleciano Teixeira e dali segui andando até a pensão do Sr. Arlindo Carvalho. O rapaz que Papai enviara para servir de companhia, já estava alojado desde quarta feira e só fui chegar no principio da tarde daquela sexta feira. À tardinha, a Praça Deocleciano Teixeira, já estava toda tomada com as barracas para a feira do dia seguinte, sábado. `A noite, o rapaz não quis, mas eu fui sozinho ao Cine Santo Antônio, assistir um filme de caubói, muito em moda naquela época. A casa de espetáculos cinematográficos, ficava situada numa rua,  chamada de Felix Gaspar, que depois de muitos anos, teve o seu nome mudado para Olímpio Lacerda Rolim, em homenagem a um dos seus ex-prefeitos, que ali também residiu com a família por muitas décadas.
No sábado, depois do café, o rapaz atrelou os nossos animais e passamos pela praça onde os fregueses, começavam a frequentar as barracas armadas na véspera. Passamos por Morrinhos sem maiores  complicações, mas a medida que fomos descendo para a zona da mata, observei que  as chuvas que haviam caído, fizeram subir o leito dos rios. De modo que atravessávamos com os pés suspensos. Em cerros trechos, a água banhava  levemente a barriga dos animais. Mesmo com toda a cautela, vez por outra, o animal escorregava, dando uma sensação desagradável. O guia, por sinal muito bom, seguia à frente escolhendo os melhores lugares e próximo às três e meia da tarde, ele fez sinal para ali ficarmos, dizendo:
“---Dr.  Ary recomendou-me que ficássemos aqui, para passarmos a noite. O dono da casa está ciente de nossa chegada .”
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   Havia um relógio daqueles antigos, numa das paredes da sala. Era em forma de oito, onde na parte de cima, existiam os ponteiros de marcar as horas e minutos e na parte inferior, situava-se um pêndulo naquele vai e vem constante. Ele marcava 15 e 35. A dona da casa surgiu à nossa presença e foi logo dizendo:
“---Vou preparar um café reforçado para vocês e a “janta” será “caprichada.”
Tomamos um banho chamado de “banho de sopapo”, que consistia em você receber um balde com água acompanhado de uma cuia feita com a metade da lata de um ex-queijo , que servia para despejar  a  água do balde sobre a sua cabeça e o seu corpo.
Depois das sete horas, o jantar foi servido, onde  enfrentamos uma salada de tomate com cebola branca, arroz, feijão verde e um ensopadinho de galinha de quintal, hoje chamada de “galinha  caipira”. Em seguida, apareceram leite fervido e quente, café, cuscuz de milho e batata doce cozida. Fomos dormir cedo, porém, lá pelas ”tantas”  da madrugada, despertei com um cheiro forte. O pessoal da redondeza fora chamado, para ajudar a torrar e pilar café e aquele serviço era feito com o pessoal cantando sempre. Não sei o tempo que levou para terminar o trabalho, mas o certo  é que só  reconciliei o sono, após o silêncio total.
Após acordarmos e tomarmos o café matinal, fomos enfrentar aquele domingo de sol  e por volta de meio dia chegamos finalmente em Iguaí.
“---Meu filho, há quanto tempo ! “ --- exclamou Mamãe ao me ver chegando em casa.
Essa foi uma viagem que começou numa segunda feira à partir das cinco horas da manhã e só foi terminar no domingo ao meio dia, demonstrando que naquela época, década de 40, o Brasil e principalmente a Bahia, estavam atrasados no setor de transportes. Foi uma viagem de Salvador a Iguaí. Abrindo um parêntesis só para servir de comparação.
(Há alguns dias atrás, Noélia e eu, saímos de João Pessoa( Capital da Paraíba)num avião, às 4 horas da manhã.
 Ficamos em Recife, por mais uma hora onde entramos em outro avião e seguimos a Salvador.
Ali, esperamos no aeroporto umas quatro horas, até chegar o horário de seguirmos à Vitória da Conquista. Como meu genro e minha ,sabiam de nossa chegada, antes das dezesseis horas estacionamos o veículo na porta de casa, em Poções,) Se não fosse o problema ainda, de ficar esperando em cada aeroporto, o horário de embarque, gastaríamos em horário corrido, pouco mais de duas horas, de João Pessoa até aqui.

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