Excursões estudantis da CNEC
A primeira excursão da CNEC que
já contei nos mínimos detalhes, foi realizada em 1962 com o destino escolhido
que foi Salvador. Anos depois,.a segunda e terceira excursões, seguiram para o
Rio de janeiro.
Na primeira, contratamos os
serviços de um ônibus que nos conduziria ao Rio de Janeiro e nos traria de
volta. Todos os passeios lá na Cidade Maravilhosa, seriam realizados por conta
da verba arrecadada pelos estudantes.
O local para ficarmos hospedados,
estava situado na Lapa, perto dos Arcos, onde passava um bondinho, cujo passeio
nos levava ao bairro de Santa Tereza. Era uma hospedagem típica para estudantes.
Pagamos dez cruzeiros por pessoa, para ficarmos alojados durante os cinco dias
que ficaríamos no Rio. Só dormida, sem
direito a qualquer tipo de comida. Nem café da manhã, que era “tomado”,
naquelas lanchonetes próprias para tal tipo de serviço. Dentro da hospedaria, em
cada andar ficavam situados os quartos separados do pessoal masculino e do
feminino . Noélia e eu, estranhamos logo de cara, porque a lei era para todos
indistintamente, fosse aluno ou professor O horário para o retorno à noite, era
bem rígido. O portão principal de ferro, ficava aberto até as 22 horas. Apesar
de todas as exigências que nos foi dada, o jeito foi aceitarmos de bom grado,
pois quem acharia um local para dormir
durante cinco dias, por apenas dez cruzeiros?
No primeiro dia, logo após o café
da manhã, todos já estavam preparados
para ir a praia. Algumas meninas acharam de andar pelas ruas ali do bairro da
Lapa, apenas vestidas com os maiôs, segurando em suas mãos, as sacolas com os
demais pertences. Tal procedimento causou uma série interminável de assovios, por
parte dos homens que cruzavam nossos caminhos. Momentos de insatisfação nos
deixaram por alguns minutos, até que “aquelas”,
sentindo de perto o erro que estavam cometendo, resolveram se recompor.
Na praia, tudo ocorreu em plena
normalidade, onde cada qual, procurou fazer as despesas extras, sem recorrer a
verba destinada aos gastos com alimentação e passeios.
Para facilitar as despesas nos
restaurantes, previamente aqui em Poções, compramos no Banco de Brasil, uns
tíquetes, que dariam mais sossego na questão de pagamento e de trôco.
E isso o fizemos tranquilamente,
frequentando qualquer restaurante ou lanchonetes que recebessem os tais tíquetes.
O pior do passeio, diariamente, era
a volta para a hospedagem, a fim de reunir o pessoal e saber qual daquele que
estava atrasado. E tal fato aconteceu na terceira noite, quando um dos alunos, perdeu
o horário de chegada e só foi aparecer quase às 23 horas, gerando para nós todos, um desagradável
desconforto, precisando uma enérgica intervenção de minha parte, quando pedi ao
porteiro milhões de desculpas. Também, o que aquele estudante ouviu de
reclamações de nossa parte e da direção da hospedaria, serviu de exemplo aos
demais colegas.
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