quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Autobiografia de Irundy Dias ( página 56 )

                                              Excursões estudantis da CNEC


A primeira excursão da CNEC que já contei nos mínimos detalhes, foi realizada em 1962 com o destino escolhido que foi Salvador. Anos depois,.a segunda e terceira excursões, seguiram para o Rio de janeiro.
Na primeira, contratamos os serviços de um ônibus que nos conduziria ao Rio de Janeiro e nos traria de volta. Todos os passeios lá na Cidade Maravilhosa, seriam realizados por conta da verba arrecadada pelos estudantes.
O local para ficarmos hospedados, estava situado na Lapa, perto dos Arcos, onde passava um bondinho, cujo passeio nos levava ao bairro de Santa Tereza. Era uma hospedagem típica para estudantes. Pagamos dez cruzeiros por pessoa, para ficarmos alojados durante os cinco dias que  ficaríamos no Rio. Só dormida, sem direito a qualquer tipo de comida. Nem café da manhã, que era “tomado”, naquelas lanchonetes próprias para tal tipo de serviço. Dentro da hospedaria, em cada andar ficavam situados os quartos separados do pessoal masculino e do feminino . Noélia e eu, estranhamos logo de cara, porque a lei era para todos indistintamente, fosse aluno ou professor O horário para o retorno à noite, era bem rígido. O portão principal de ferro, ficava aberto até as 22 horas. Apesar de todas as exigências que nos foi dada, o jeito foi aceitarmos de bom grado, pois quem acharia um local  para dormir durante cinco dias, por apenas dez cruzeiros?
No primeiro dia, logo após o café da manhã,  todos já estavam preparados para ir a praia. Algumas meninas acharam de andar pelas ruas ali do bairro da Lapa, apenas vestidas com os maiôs, segurando em suas mãos, as sacolas com os demais pertences. Tal procedimento causou uma série interminável de assovios, por parte dos homens que cruzavam nossos caminhos. Momentos de insatisfação nos deixaram  por alguns minutos, até que “aquelas”, sentindo de perto o erro que estavam cometendo, resolveram se recompor.
Na praia, tudo ocorreu em plena normalidade, onde cada qual, procurou fazer as despesas extras, sem recorrer a verba destinada aos gastos com alimentação e passeios.
Para facilitar as despesas nos restaurantes, previamente aqui em Poções, compramos no Banco de Brasil, uns tíquetes, que dariam mais sossego na questão de pagamento e de trôco.
E isso o fizemos tranquilamente, frequentando qualquer restaurante ou lanchonetes que recebessem os tais  tíquetes.
O pior do passeio, diariamente, era a volta para a hospedagem, a fim de reunir o pessoal e saber qual daquele que estava atrasado. E tal fato aconteceu na terceira noite, quando um dos alunos, perdeu o horário de chegada e só foi aparecer quase às 23 horas,  gerando para nós todos, um desagradável desconforto, precisando uma enérgica intervenção de minha parte, quando pedi ao porteiro milhões de desculpas. Também, o que aquele estudante ouviu de reclamações de nossa parte e da direção da hospedaria, serviu de exemplo aos demais colegas.


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