A Secretaria de Educação e
Cultura do Estado da Bahia resolveu abolir definitivamente os exames de
admissão ao ginásio e consequentemente os alunos que concluíram o curso
primário tendo feito a quinta série nos seus respectivos prédios escolares,
tiveram o direito de matricular-se automaticamente na sexta série ginasial. E
daí os alunos que terminaram a quarta série primária galgaram, a matricula na
quinta série ginasial, sem necessidade de submeter-se a qualquer tipo de exame
de aptidão. Foi então que Sybele e Mercês haviam terminado a quarta série no
Grupo Escolar Alexandre Porfírio e pegaram a “moleza” de ingressar no Curso
Ginasial, fazendo parte de uma das três turmas da quinta série da CNEC,no ano de 1972.
Entre as primeiras preocupações
oriundas dos gêmeos, é que à medida que o tempo passava Dino gulosíssimo como era
o leite materno de Nó não o satisfazia mais. A conselho médico, começamos a
preparar todas as noites, uma mamadeira de engrossante para cada um deles. O
umbigo de Dino já começara a estufar, sendo necessário que Papai arranjasse um
botão grande de madrepérola, para cobrir o umbigo e por cima dele um bom pedaço
de esparadrapo. De fato. A nova técnica deu resultado, pois o engrossante fez
com que o gulosinho parasse e perturbar o sono de todos e aí o umbigo voltou a
normalidade. Alguns meses depois, quando
ambos já se sentavam sozinhos, sem termos aqueles primeiros vacilos de cai pra
um lado ou cai para o outro, chamamos um fotógrafo de Vitória da Conquista, por
nome Jurandir e mandamos preparar três pôsteres, sendo um para Dino e Guga e os outros dois separados para Sybele e
Mercês e esses quadros ainda se acham até hoje colocados nas paredes de dois
quartos de nossa residência.
À partir de 1973, à pedido de
Sybele deixamos de comemorar os seus aniversários com aquela pompa toda. Era
uma reunião mais simples com os parentes e os amigos mais próximos.
Mas em meados de 1974, a
Diretoria da ACASCP (Associação de Cultura e Assistência Social da Cidade de
Poções), em comum acordo com diversas famílias associadas, resolveu a realizar
uma festa de Debutantes, porém bem sofisticada. As meninas que iriam fazer
parte, sendo que umas estavam a completar os quinze anos, enquanto outras já
haviam feito, combinaram que os vestidos seriam longos com a cor predominante rosa e os demais detalhes ficariam a cargo do
gosto de cada uma. Enquanto isso, os padrinhos das debutantes teriam que se
apresentar obrigatoriamente de smoking comprado ou alugado. Achei melhor
comprar o meu, já pensando na festa do ano vindouro, quando seria a vez de Mercês.
Foi uma festa bem organizada. Sybele foi a última a ser chamada, porque as
apresentações foram feitas em ordem do mês de nascimento. Cada pai ou padrinho,
fez o acompanhamento de sua pupila e depois de reunidos, dançaram a valsa, onde
somente os casais inscritos fizeram parte. Depois então, a pedido dos
presentes, foi executada uma outra valsa e aí puderam participar outros
parentes das debutantes, que também tiveram os seus momentos de prazer.
Enquanto se desenrolavam as danças, o salão repleto de fotógrafos que não
perderam tempo em busca de melhores ângulos na obtenção de suas melhores fotos.
Cessada essa parte da cerimônia, o conjunto continuou tocando diversos tipos de
músicas para satisfação dos presentes. Os comes e bebes em suas respectivas
mesas, com grande fartura, completaram aquela noitada e todos se animaram para
que o clube repetisse a dose no ano seguinte com as novas debutantes.
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