segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Euripedes o Bom ( Anexo a Autobiografia de IRUNDY DIAS )




EURÍPEDES  ROCHA  LIMA    -  O  BOM
                                              Em algum dia de certo mês do ano de 1951, a pedido do meu pai, Dr Ary Alves Dias, fui até a sua pessoa, onde estava em pé, atrás do balcão de sua venda. situada à Praça Deocleciano Teixeira, onde hoje, existe a padaria do Sr João Cambui, isto se não me falha a memória. Ao vê-lo, saudei com um educado boa tarde e disse-lhe sem rodeios:
--- Papai, Dr Ary, é provável que o senhor o conheça, mandou-me aqui para comprar um pacote de velas brancas do tamanho médio.
Ao me atender, nunca esqueci de sua fisionomia, como sendo um BOM vendedor e simples no trato com as pessoas.
Na sequência dos meses e dos anos, como Diretor e Professor da CNEC(Campanha Nacional de Escolas da Comunidade),tive contato e vi de perto os seus filhos estudarem e crescerem, junto a nós, Dy e Nó. O primeiro deles, foi o José Carlos, (o Tim), que logo cedo partiu ao Rio de Janeiro, em busca de seu sonho e lá ficou estudando e trabalhando e só fomos encontra-lo, anos depois, quando da excursão de uma turma nossa até o Rio, quando então, possivelmente para matar as saudades, não arredou o pé do nosso convívio.
Na sequência, não por  idade, ou  ordem alfabética, surgiram em nossas vidas, alguns deles, mais atenciosos, outros mais amigos, isso devido aos seus próprios temperamentos. Convivemos por mais tempo com alguns , por causa dos cursos que escolheram, enquanto que com outros, apenas dois ou três anos. E aí vimos aparecer Maristela, Vando ( este, muito amigo nosso).À respeito de Vando, intercalo aqui uma passagem engraçada. Saía eu,  do Rondelli, numa certa manhã e chegando próximo ao automóvel, este não respondia ao sinal do alarme. Tornei a insistir, nada. Foi quando eu ouvi Vando do outro lado do passeio gritando:
--- Dy, Dy , esse carro é o meu !!! O seu está logo ali...
Foi aí, que eu reparei que de fato estava tentando abrir o carro de Vando, pensando que era o meu.
Na sequência, conhecemos na CNEC o Gutinha  por pouco tempo. Em compensação, tivemos contato e daí uma grande amizade com a sua filha Sirley. Didi também, foi um menino que nos nutriu uma grande amizade, mas Deus com os seus desígnios quis levá-lo para sí ainda cedo e nos privou logo do seu convívio. Cal Barú, embora meio arredio na aproximação, apreciávamos ao longe nas suas jogadas futebolísticas. Nana, aquela que tivemos maior contato, provavelmente pela maior amizade que a mesma desfrutava com Sybele e Mercês, além de colegas de sala e da companhia de farras e festas.
No acompanhamento de sua trajetória política, nos encontramos na Câmara de Vereadores de Poções, onde trabalhei como Diretor da Secretaria desde os idos de 1959, junto com a gestão do Prefeito Olímpio Rolim, até a minha aposentadoria em abril de 1994.Naquelas sessões noturnas das quartas feiras, onde você sempre pautou a sua norma de trabalho como um BOM vereador, votando favoravelmente nos projetos de grande utilidade para o Município e por sua vez rejeitando os desnecessários.
Durante o governo do nosso saudoso Otávio José Curvêlo, você foi conduzido durante dois anos, à Presidência, da nossa Casa de Leis, quando teve a oportunidade de mostrar e demonstrar a sua personalidade na aplicação justa das leis, atendendo aos seus colegas com urbanidade e respeito, sem fazer política de barganhas. Como funcionário, mais uma vez o admirei no trato com as coisas  sérias e mais uma outra vez, você foi o  BOM.
Finalmente você chegou ao seu merecimento político, sendo eleito Prefeito do Município de Poções, para exercer o cargo no período de 1983 a  1989.
Pode-se chegar a conclusão de que não foi uma gestão brilhantemente administrativa, mas ao mesmo tempo, reinou absoluta paz e harmonia entre todos os rincões do Município, de modo que a política leal e sincera o fez merecedor de conduzir o seu sucessor, na pessoa do jovem lutador Tonhe Gordo. E mais vez, você foi o BOM.
Afastado das lides partidárias e políticas, continuou com o apoio dos seus amigos na politicagem da boa vizinhança e algumas vezes que nos reencontramos, seja na rua , ou nos jardins, nos Bancos, ou dentro da Igreja, ou ainda nas barracas da festa do Divino e nas raras conversações que mantivemos ao longo desse tempo, conclui que definitivamente, como pessoa amiga, você foi sempre o BOM.


Você sempre me chamou de DY, assim como Vando o fazia.
Não tive a oportunidade de chamá-lo de RIPE, como li em muitas mensagens do facebook.
Sempre o chamei de Seu Eurípedes e foi desta forma que  sempre gostei de chamá-lo, mas ao longo desses anos todos de convivência, ( de 1951 a 2013 ), poderia tê-lo chamado de o BOM.
Essa não é uma mensagem que será colocada no FACE. Não quero aproveitar-me dela, para transmitir aos seus filhos, a sua querida Vanuza, noras, genros, netos e demais familiares, uma mensagem de despedida por sua morte.
Essa, será uma página EXTRA DE MINHA AUTOBIOGRAFIA, QUE ALI SERÁ INSERIDA, como uma demonstração inequívoca de nossa amizade.Você não morreu ,meu caro RIPE. Você ficará eternizado em minha autobiografia SEU EURIPEDES.
                       ATÉ BREVE MEU CARO AMIGO !
                       ATÉ BREVE O BOM EURÍPEDES !
















Um comentário:

  1. Obrigada Dr. Irundy! Quanta emoção ao ler tão linda homenagem: EURÍPEDES ROCHA LIMA - O BOM!!! Meu amado e inesquecível esposo. Te amamos!!!

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